Municipio: São Pedro da Aldeia
UF: RJ
Fundado em: 31/05/1617
Emancipacao: 17/11/1892
Aniversário: 16/05
Padroeiro: São Pedro
Data Padroeiro: 29/06/2008
Origem do nome: O município de São Pedro da Aldeia recebeu este nome pois a aldeia de São Pedro da Aldeia de Cabo Frio foi fundada no dia consagrado ao santo.
Histórico: Em 1617 o reitor do colégio da Companhia de Jesus do Rio de Janeiro, Padre Antônio de Matos requereu junto ao Capitão Mor de Cabo Frio, Estevan Gomes, a sesmaria para os índios se assentarem nas ditas aldeias de proteção ao Forte São Mateus. O despacho do Capitão ocorreu em 31 de maio confundido mais tarde, em leitura do documento original com o dia 16, data em que hoje se comemora a fundação da aldeia. Em 5 de junho é oficializado o termo de posse aos jesuítas e no dia 16 de junho o reitor Padre Antônio de Matos recebe a carta de sesmaria.
Foram enviados ao Cabo Frio, 500 índios da Aldeia Reritiba e o Padre João Lobato (superior da Aldeia de São Barnabé) que funda a Aldeia de São Pedro do Cabo Frio (provavelmente no dia consagrado ao santo primeiro dos papas), em 29 de junho. Em 1630, o Governador Martins Corrêa de Sá concede aos Padres da Aldeia de São Pedro uma outra sesmaria por requerimento do Padre Francisco Fernandes, então reitor do Colégio do Rio de Janeiro. A posse se deu em 20 de novembro e a Fazenda de Macaé serviu para repouso de rebanhos vindos do Cabo Frio e Campos dos Goytacazes, para em seguida serem despachados para o Rio de Janeiro por via marítima.
Em 1648 uma outra sesmaria é concedida aos índios e padres da Aldeia de São Pedro, nela foi abrigada a Fazenda de Santo Ignácio dos Campos Novos.
Ergue-se a Igreja com a invocação ao fundador da Companhia de Jesus e um pequeno cemitério. A dita fazenda se tornou um entreposto de abastecimento do gado bovino, suíno, viveiros, hortaliças, mandiocas e madeiras para o Colégio no Rio de Janeiro. Com o passar dos anos, a Aldeia de São Pedro prosperou, tornando-se a maior e mais popular de todas as Companhias de Jesus no Rio de Janeiro. Em 1759, graças a uma campanha feroz do Marquês de Pombal, Ministro para Assuntos do Estrangeiro e da Guerra do Rei de Portugal D. José I, os jesuítas são expulsos dos domínios portugueses e suas possessões. Em novembro deste mesmo ano, o desembargador João Cardoso de Azevedo realiza o sequestro da Aldeia e aprisiona os três jesuítas que exerciam o sacerdócio de conversão no local. A administração e o poder de doutrina do povoado foram entregues aos padres capuchos da Província da Conceição.
Em dezembro de 1795, a Aldeia de São Pedro é elevada à categoria de freguesia e Manoel de Almeida Barreto torna-se seu primeiro pároco. Neste mesmo ano o sal começa a ser explorado, desde a cidade do Cabo Frio até a extensão da Lagoa de Araruama, contrariando a proibição da época de que só a metrópole poderia realizar esta atividade. Em 1797 a salina dos índios de São Pedro, localizada num local denominado Apicuz, começa a se destacar. A salina formada em terra firme tinha um sal tão puro que nada era desperdiçado.
Em 1840 os brancos da Aldeia fundam a venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento, responsável pela construção do cemitério da Irmandade e onde foi construída a nova igreja, à frente da missionária concluída em 1887, hoje com a invocação do Sagrado Coração de Jesus.
A primeira emancipação da freguesia da Aldeia de São Pedro se deu em 10 de setembro de 1890 no decreto assinado pelo Governador Dr. Francisco Portella, com a denominação de Vila Sapiatiba desanexada do território de Cabo Frio.
Em 1891, após a renúncia do então governador, o contra-Almirante Carlos Balthazar da Silveira assume o governo como interventor durante cinco meses e como um de seus primeiros atos, revoga a emancipação de vários municípios criados após 15 de novembro de 1889, entre eles o município de Sapiatiba. Após o período de interventoria, José Tomáz de Porciúncula é eleito e através de decreto restaura a autonomia do município, agora com nome de São Pedro da Aldeia.
No início do século XX a economia local se apóia na atividade agro-pecuária e na indústria extrativa da pesca e do sal, como ainda não possuía estradas de ferro e de rodagem que lhe permitissem o fácil escoamento de sua produção, as atividades do município ficavam restritas a uma quase auto-suficiência que gerava uma série de reflexos negativos em seu crescimento.
Somente em 1929 através da Lei Estadual Nº 2235 é que a vila de São Pedro adquire foros de cidade.
Com a construção da Estrada de Ferro Maricá e a inauguração da rodovia Amaral Peixoto ligando São Pedro da Aldeia a Niterói e ao Rio de janeiro, o município ganhou a infra-estrutura básica indispensável para seu progresso e desenvolvimento. Datam dessa época também, as redes de abastecimento de água e de iluminação pública e domiciliar.
O município torna-se então, conhecido e passa a ficar ao alcance dos moradores de outras cidades e estados que lá encontraram um local ideal para o turismo e o lazer.
Nos dias atuais a indústria do turismo representa uma importante atividade econômica no Município de São Pedro da Aldeia.
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